segunda-feira, 12 de maio de 2008

E... porque falar de moda?

Falar de moda não é fácil. Foram anos acreditando que meu interesse por ela não passava de hobby, de algo intrínseco à alma feminina. Mas a realidade é que ela me persegue desde os tempos de faculdade, ainda que minha formação tenha sido em Relações Internacionais.
Minha monografia de final de curso era sobre a construção da identidade pessoal na sociedade contemporânea, um sistema complexo, que possibilitava infinitas - e polêmicas - abordagens. Quando questionada pelo orientador qual eu acreditava ser o espírito que melhor traduzia a sensibilidade atual, sem pestanejar respondi: o culto ao novo, à mudança e ao futuro, o desejo de consumo. E o fato cultural que melhor representava esse espírito pós-moderno só podia ser: a MODA . Pronto, tava feito o estrago.
Foram meses de busca por escassa bibliografia, bateção de cabeça, orientador desorientado, olhares de estranheza dos colegas e dos professores, ameaças de reprovação. Mas resisti, e como boa detonadora de paradigmas, me lancei de cabeça no desafio. Resultado: 2 horas de defesa, platéia digna de espetáculo e nota A com menção honrosa no final. E agora, quase 5 anos depois, engajada em um novo projeto de vida e profissional, a moda e seu primo-irmão design ocuparam de vez um espaço grande em minha vida. Por isso decidi que a partir de agora eles estarão na pauta deste blog. Só não esperem apenas discursos teórico-filosóficos, afinal a moda também é feita de frivolidades e superficialidades.

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